A famosa Parábola do Bom Samaritano fala sobre a importância de fazer o bem ao próximo. Porém, essa parábola aborda um tema que quase ninguém percebe: DINHEIRO.
Essa história contada por Jesus apresenta conceitos financeiros que todo cristão deve conhecer e praticar. Então, continue lendo e conheça os 5 Ensinamentos Financeiros Do Bom Samaritano.
Mas antes, saiba que existe uma versão deste conteúdo em vídeo no YouTube.
Resumo da Parábola do Bom Samaritano
Jesus conta que um homem viajava de Jerusalém a Jericó. No caminho, abordado por ladrões, foi roubado, espancado e ficou gravemente ferido na estrada.
Tempos depois, desceu pelo mesmo caminho um sacerdote que, o vendo, passou pelo outro lado (Lucas 10:31). Em seguida, surgiu um levita, que também tomou distância do ferido.
Enfim, passou um samaritano que, ao ver o homem ferido, teve compaixão: tratou seus ferimentos com óleo e vinho; o levou para uma hospedaria; e, no dia seguinte, antes de partir da hospedaria, pagou o hospedeiro e pediu para que continuasse cuidando do ferido, com a promessa de que todo o custo desse cuidado seria pago quando voltasse.
Essa é a Parábola do Bom Samaritano. Feito esse breve resumo, vamos então aos seus 5 Ensinamentos Financeiros:
1° ensinamento financeiro da Parábola Do Bom Samaritano: Tenha Compaixão
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão;
Lucas 10:33
Naquela época, samaritanos e judeus não se davam nada bem.
Para os judeus, samaritanos eram considerados: impuros, infiéis e pessoas que deveriam ser evitadas. Em contrapartida, os samaritanos também eram hostis com a comunidade judaica.
Toda essa hostilidade tinha raízes históricas formadas ao longo de anos. Quando o povo israelita se dividiu em duas nações: Israel e Judá (1 Reis 12:20). O povo de Judá permaneceu adorando na cidade de Jerusalém, entretanto, em Israel as práticas de fé se misturaram com outras religiões e a capital religiosa do reino passou a ser Samaria, daí vem o nome samaritanos..
Porém, todas essas diferenças (culturais, étnicas e religiosas) foram ignoradas pelo samaritano que, ao ver o homem gravemente ferido, se comoveu profundamente.
O registro bíblico passa a ideia de que o samaritano foi tomado por uma intensa compaixão, que gerou empatia e necessidade (urgente) de fazer algo.
A cada vez, está mais difícil sermos empáticos ao sofrimento alheio
Não sei se você tem a mesma impressão que eu, mas, tenho o sentimento que tem sido cada vez mais difícil termos empátia às dores dos outros.
Andando pelas ruas da minha cidade (Belo Horizonte), noto que (a cada dia) surgem mais necessitados: mais pessoas pedindo esmola, comida, ou qualquer que seja a ajuda. Ontem mesmo fui em projeto social que distribui alimentos à moradores de rua e uma das conclusões que tivemos no final do trabalho foi: o número de necessitados aumentou.
Pessoalmente, sinto que os necessitados se tornaram tantos, estão tão comuns, que ficou mais difícil nos comovermos com suas dores. Está mais difícil termos a mesma compaixão que o bom samaritano teve. Compaixão esta que ignora preconceitos, diferenças culturais ou religiosas. A compaixão que vê o outro com olhar de próximo.
Bem… Como você sabe, aqui falo sobre Finanças Bíblicas, logo, vou enfatizar: precisamos ter compaixão financeira dos necessitados. E como é que temos essa compaixão? Dando esmola? Comida? Dinheiro? Contribuindo com alguma instituição de caridade que faz esse trabalho?
É exatamente isso que veremos na próxima lição financeira dessa parábola:
2° ensinamento financeiro do Bom Samaritano: Se Envolva
E aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho;
Lucas 10:34a
O samaritano se envolveu pessoalmente no problema. Ele enfaixou as feridas, e prestou os primeiros socorros usando seu azeite e vinho.
Não é fácil se envolver na vida dos outros. É complicado se envolver por que, quase sempre, o envolvimento nos custa algo.
Observe que, envolvimento é mais do que apenas dar esmola, oferta ou dízimo. É fazer parte, gastar tempo, energia…
O samaritano poderia ter pensando: “Eu contribuo regularmente em minha igreja. Eu doo para projetos sociais. Não roubo. Sou uma boa pessoa. Ou seja, eu já faço a minha parte. Não tenho responsabilidade sobre “isso”.
Mas, porém, todavia… Ele não agiu assim. Pelo contrário! Sua compaixão gerou todo esse envolvimento.
Como disse antes, a multidão dos necessitados a cada dia aumenta. Vemos pessoas pedindo esmola nas ruas, projetos sociais que clamam por doações, e parentes que solicitam algum empréstimo.
Devo dizer: se você pode, você deve auxiliar financeiramente o próximo. Mas, antes de ajudar qualquer pessoa, ouça uma verdade que deve estar na sua mente ao fazer qualquer doação. A verdade é a seguinte:
Dinheiro não resolve problemas financeiros!
Por mais contraintuitivo que possa ser, é a mais pura verdade. A falta de dinheiro não é a causa dos problemas financeiros. A falta de dinheiro (na maioria das vezes) é a consequência de outros problemas financeiros.
Alguns enfrentam problemas nas finanças por não terem uma boa formação profissional e assim não conseguirem boas oportunidades de trabalho.
Outros passam por dificuldades por não conhecerem os princípios financeiros bíblicos. Assim, gastam sem sabedoria, se endividam e acabam gerando sofrimento em suas famílias.
Que fique claro: a falta de dinheiro é uma consequência. Logo, não adianta simplesmente dar uma esmola ou fazer uma doação. O que resolve mesmo é, além da doação, se envolver no problema buscando entender o que gerou a falta de dinheiro.
Caso queira entender melhor o por que apenas dar dinheiro não é a melhor opção no vídeo NÃO EMPRESTE DINHEIRO.
3° ensinamento financeiro da parábola do Bom Samaritano: Tenha Tempo
[…] e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
Lucas 10:34b
Seja lá para onde o samaritano estivesse indo, ele não conseguiu chegar no tempo previsto. Seus planos foram alterados a partir do momento em que teve compaixão do ferido.
Além de prestar os primeiros socorros, colocou o homem em seu burro, o levou à uma hospedagem e o acompanhou até o dia seguinte.
Observe… Aqui estamos diante de algo de muito, muitíssimo, valor. Que algo é este? O tempo!
Tempo é uma das coisas mais valiosas do mundo. E ter alguma flexibilidade dele, não tem preço.
Reflita comigo sobre o tempo… Muitos, para terem mais dinheiro, ocupam ao máximo o tempo que possuem. Trabalham pela manhã, tarde e noite. Trabalham nos sábados, domingos e feriados. Estão sempre com suas agendas sufocadas de compromissos.
Dessa forma, vivem no automático – sem observarei a vida passando, ou melhor dizendo: a vida escorrendo por suas mãos. Não desfrutam dos momentos. Não possuem tempo para ajudar o próximo, acompanhar o crescimento dos filhos, para estarem com pais, cônjuge, amigos e parentes.
Vivemos tão ocupados que não dá tempo para percebermos que o tempo nesse plano terreno é limitado, é escasso, e que um dia ele (simplesmente) acaba. Nesse sentido, Sêneca disse em seu livro Sobre a Brevidade da Vida:
Uma alma distraída não capta nada de modo mais aprofundado.
Sêneca
Me diga: o que está distraindo excessivamente sua alma? Se seu trabalho consome todo seu tempo, talvez esteja na hora de buscar outro.
Não estou fazendo um culto a ociosidade.
Todos precisam trabalhar, e trabalhar duro. Mas é preciso ter equilíbrio. Há tempo para tudo. Tempo para trabalho! Tempo para descanso!
Infelizmente, tanto sacerdote, quanto o levita da parábola, não tiveram esse tempo. Provavelmente, ambos estavam ocupados demais.
Sem contar que, se o ferido estivesse morto, pela lei cerimonial da época, se tocassem em corpo se tornariam impuros para as práticas cerimoniais, logo, não poderiam trabalhar por (pelo menos) uma semana até se purificarem novamente para as práticas cerimoniais.
Repito: o tempo é uma das maiores riquezas do mundo. Então, busque ter um pouco dele para você, para Deus, para sua família, busque ter alguma flexibilidade de tempo.
Observação: embora o tempo seja uma grande riqueza, segundo a Bíblia, tempo não é dinheiro. Explico melhor nisso no artigo Tempo é Dinheiro? O que a Bíblia diz?.
4° ensinamento financeiro do Bom Samaritano: Tenha Dinheiro
No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro […]
Lucas 10:35a
Há algumas semanas estava falando para uma amiga da importância do conhecimento financeiro – do quanto é necessário aprendermos a gastar, poupar e investir para podermos gerar mais impacto positivo no mundo.
Daí, ela disse: “Sabe Samuel, eu não me importo com dinheiro. Minha vontade é não ver tanta gente passando fome e roendo ossos para se alimentar. O que acho importante é fazer desse mundo um lugar melhor. Por isso, não me importo com dinheiro!”.
Veja esse pensamento. Lindo, não é? Sim, é lindo ouvir isso. Parece nobre, altruísta e divinamente generoso.
Mas… Infelizmente, completamente fora da realidade, inocente e infantil.
O dinheiro pode potencializar nossa generosidade
Pense comigo:
- Com o que se constroem hospitais e se mantem os médicos? Com dinheiro!
- Como é que se sustentam os trabalhos sociais? Com dinheiro!
- Como é que missionários são enviados, igrejas implantadas, necessitados são alimentados, ensinados, educados e capacitados para se tornarem profissionais? É com dinheiro!
Paulo disse algo messe mesmo sentido, veja:
Aquele que roubava não roube mais; pelo contrário, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado.
Efésios 4:28
Você que ajudar os outros? Que fazer do mundo um ligar melhor? Com menos fome? Menos miséria e pobreza? Sim? Então saiba que um dos primeiros passos que você deve dar é não ser um peso financeiro para os outros. Seu primeiro passo é trabalhar! Fazer algo de útil para que, assim, tenha condição de ajudar os outros.
O samaritano só conseguiu ajudar o ferido dessa forma, por que tinha dinheiro. Talvez ele tinha e seguia um orçamento que o fazia gastar menos de que ganhava. Quem sabe, ele era um excelente profissional e por isso possuía uma boa remuneração. Pode ser que o samaritano tinha uma reserva financeira de segurança. Seja como for, fato é que ele teve o dinheiro necessário para ajudar.
Ressalva
É claro que não é só com dinheiro que conseguimos ajudar o próximo. Também podemos ajudar com nosso trabalho voluntário, como nosso tempo, nossos ensinamentos, aconselhamentos, entre outras coisas. Entretanto, não podemos negar que ter recursos potencializará nossa capacidade de ajudar.
Nesse ponto, faz todo sentido relembrar uma das mais famosas frases financeiras atribuídas ao teólogo John Wesley. Ele disse:
Ganhe tudo o que puder, poupe tudo o que puder, doe tudo o que puder.
John Wesley
5° ensinamento financeiro da parábola do Bom Samaritano: Tenha Um Bom Nome
No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.
Lucas 10:35
O samaritano não sabia quanto tempo o ferido ficaria hospedado. Mas, o relato bíblico que diz que ele estava quase morto – em outras traduções vemos a expressão meio morto (Lucas 10:30). Assim, podemos imaginar que a estadia (provavelmente) seria longa e, consequentemente, cara – muito cara!
Diante desse cenário, observe o seguinte: se o samaritano não tivesse um bom nome, se não fosse reconhecido com bom pagador, se não tivesse crédito na praça: provavelmente, o hospedeiro não aceitaria hospedar o ferido. Nesse sentido, Provérbios 22:1 diz:
O bom nome vale mais do que muita riqueza; ser estimado é melhor do que ter prata e ouro.
Provérbios 22:1
Um bom nome é poderoso
Preciso ressaltar isso pois muitos subestimam o poder que há em uma boa reputação. Vários ignoram o fato de que, ser bem visto, pode te gerar prosperidade, permitir que você cumpra seu propósito e te auxiliar na ajuda dos necessitados.
Falo por mim mesmo, até por que, a maioria das empresas onde trabalhei, e dos negócios que me envolvi, foram por indicação de amigos. Quando surgiam boas vagas, eles me indicavam. E por que me indicavam? Por causa da minha boa reputação.
E quantas vezes surgiram oportunidades onde eu conhecia gente que tinha a formação profissional necessária, mas, eu simplesmente não tive coragem de indicar – devido à má reputação.
Mas, vale a pena esclarecer algo. A melhor forma de ter um bom nome é ser. Ser uma boa pessoa, um bom profissional, alguém justo, ético e confiável.
Um bom nome deve ser construído em torno daquilo que nos tornarmos, não daquilo que lutamos para (apenas) parecer sermos.
Então, não apenas pareça ser um bom profissional. Seja um bom profissional. Não apenas pareça ser um bom pagador. Seja um bom pagador. Até por que, Salmos 37:21 diz: O ímpio toma emprestado e não paga; […]
Conclusão: A riqueza nas mãos de um bom mordomo pode fazer muito bem ao mundo
O amor ao próximo é uma das principais lições dessa parábola. E quem é o próximo? O próximo é todo aquele que precisa de ajuda.
Além do mais, podemos notar 5 pontos que permitiram ao samaritano ter amor ao próximo:
- Compaixão com o próximo (Lucas 10:33)
- Envolvimento (Lucas 10:34a)
- Disponibilidade de tempo (Lucas 10:34b)
- Condição financeira (Lucas 10:35a)
- Um bom nome (Lucas 10:35)
Com tudo isso eu percebo que a riqueza, nas mãos de um bom e fiel administrador, pode fazer muito bem ao mundo. Então, considere cada um desses pontos e busque ser um administrador como o Bom Samaritano – tendo disponibilidade de tempo, condição financeira e bom nome. Além disso tenha compaixão e busque se envolver.
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Forte abraço, fique na paz do Senhor e até a próxima.