Tudo Está Mais Caro!
Os preços no mercado, das mensalidades escolares e os preços dos alugueis estão mais caros.
A impressão que boa parte da população tem, é que, a cada dia, o salário encolhe e já não está dando pra nada.
INFLAÇÃO!
A terrível inflação está de volta corroendo o nosso poder de compra. Quem viveu nos anos 80 e início dos anos 90, conhece bem o quão perigosa a inflação pode ser.
Mas…
- De quem é a culpa?
- Como se proteger da inflação?
- Melhor ainda: como ganhar dinheiro com a inflação?
É isso que veremos agora.
Mas, se você preferir, saiba que existe um vídeo deste conteúdo.
O Que É Inflação?
De forma direta, inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços.
Se você vai ao mercado e percebe que o arroz está 5 reais mais caro, não significa que isso seja inflação. Pode ser simplesmente, um problema na safra, no clima (chuva de mais ou chuva de menos), praga na lavoura, problema no transporte, entre outros possíveis problemas.
Inflação se trata quando os preços (não só do arroz) estão continuamente aumentando. Como a definição diz: aumento contínuo e generalizado dos preços.
O Problema Da Inflação
A inflação corrói o seu poder de compra. Mil reais hoje, compra menos que mil reais no ano passado. E para piorar, geralmente, os salários não aumentam na mesma proporção que a inflação. Assim, a população vai ficando cada vez mais pobre.
Mas, o que é ruim: pode piorar. Isso se a inflação evoluir para a hiperinflação.
A Hiperinflação
A hiperinflação é quando a inflação atinge grandes proporções. Quando os preços aumentam em 50%, mês após mês, é considerado um cenário de hiperinflação.
A Hiperinflação Brasileira
O Brasil já passou por isso, quem viveu nos anos 80 e início dos anos 90, sabe bem o que estou falando.
Lembro-me de meu pai contar o seguinte:
Filho, naquele tempo muitas foram as vezes que ia ao supermercado fazer compras. Enquanto escolhia quais produtos levaria, de repente, chegava um funcionário e aumentava os preços.
Eu lamentava, ficava aflito, mas, fazer o que? Precisava comprar! Então, continuava escolhendo o que levaria.
Porém, em poucos minutos, voltava o funcionário e novamente remarcava os preços dos produtos. Aquela bem dita maquininha de remarcação de preços me deixa traumatizado.
O pior era que, se você deixasse para comprar no dia seguinte, os preços estariam ainda mais altos.
Naquele tempo, a primeira coisa que fazia, ao receber o salário, era correr ao supermercado e estocar alimento.
Mas, o que gera a inflação?
Como podemos nos proteger dela?
O Que Gera Inflação?
Como muitas são as causas da inflação, irei apresentar as três causas que considero mais relevantes. As duas primeiras são mais obvias, a última, menos obvia, mais sutil e (provavelmente) mais perigosa, até porque, boa parte da população deseja que ela aconteça – achando que seria algo bom. Sem saber que, no futuro próximo, causará inflação.
1° causa da inflação: Aumento Nos Custos De Produção
Quando os custos para fabricar determinados produtos aumentam, eles acabam sendo repassados ao consumidor em forma de aumento de preços.
Agora, pense comigo: se os governantes estão (a todo momento) prometendo mais. Para cumprirem (pelo menos, em parte suas promessas) será necessário o governo arrecadar mais dinheiro.
Como se faz isso? Uma das formas é aumentando os impostos das empresas. Já que aumentar impostos da população pode não ser bem visto.
Mas, o que as empresas fazem quando os impostos aumentam?
Elas repassam o aumento ao consumidor final. Ou seja, os preços aumentam, gerando inflação.
2° causa da inflação: Oferta Insuficiente
Quando mais pessoas querem comprar algo, e menos pessoas podendo (ou querendo) vender esse algo: os preços aumentam.
Se tem menos pra vender, o preço será maior!
Essa oferta insuficiente pode acontecer por um aumento de demanda, em outras palavras, por um aumento de pessoas procurando determinados produtos. Vimos isso acontecendo em todo mundo no começo da pandemia. Com o aumento da procura de mascaras, vitaminas e remédios, os preços subiram.
Entretanto, a oferta insuficiente também pode acontecer com a diminuição da oferta de produtos, o que pôde ser observado com a guerra na Ucrânia. Com o conflito, várias empresas não conseguiram produzir, nem entregar, determinados produtos. Com menos produtos ofertados, os preços novamente subiram.
3° causa da inflação: Maior Emissão De Moeda
O governo pode influenciar muito no aumento da inflação.
No momento em que os gastos são maiores do que a arrecadação, em alguns casos pode ser preciso “imprimir” mais dinheiro — ou seja, emitir mais papel-moeda para acertar as contas.
Quando isso acontece, existe um maior volume de dinheiro em circulação no mercado, mas esse volume não está associado ao aumento de produção ou geração de riqueza no país.
Dessa forma, o resultado é que, com mais dinheiro circulando do que a quantidade de oferta de produtos e serviços, os preços aumentam.
Está aí um dos principais motivos do aumento generalizado dos preços no mundo. Com a crise sanitária, os governos mundiais aumentaram a emissão de dinheiro. O que gerou aumento geral de preços.
Imagine o seguinte cenário
Para compreender bem essa questão, imagine o seguinte. Se a oferta de ouro se tornasse tão abundante quanto a de plástico, o preço do ouro cairia drasticamente.
De igual modo, quando a quantidade da moeda ofertada aumenta, seu valor cai. Consequentemente, o poder de compra diminui. Assim, a quantidade de bens que pode se adquirir com a mesma quantidade de dinheiro, diminui.
Percebe como isso não é obvio?
As pessoas costumam enxergar a causa da inflação no aumento dos preços, e não nos seus reais motivos. E um desses reais motivos é o aumento da quantidade de dinheiro em circulação.
Ok… A inflação pode ser gerada pelo aumento na emissão de moeda, pela oferta insuficiente de produtos e pelo aumento dos custos de produção.
Infelizmente, não temos poder sobre essas questões. Não podemos proibir o governo de aumentar a emissão de moeda, nem mesmo diminuirmos os custos de produção das empresas.
Então, o que podemos fazer? Como podemos nos proteger da inflação?
Acredite, muitos tentam se proteger da inflação das formas mais erradas possíveis. Então, se faz necessário conhecer as formas erradas de proteger da inflação:
Mas, vale dizer: isso não é recomendação de investimento.
As Formas Erradas De Proteger Da Inflação
1° forma errada de proteger da inflação: Guardando Dinheiro
Não tem como se proteger da inflação guardando dinheiro em casa, de baixo do colchão e, nem mesmo, na conta corrente.
Dinheiro guardado, sem estar rendendo, a cada dia vai perdendo o poder de compra.
2° forma errada de proteger da inflação: Caderneta De Poupança
O investimento preferido dos brasileiros, infelizmente, não tem poder de nos defender da inflação. Visto que, em boa parte do tempo, a poupança rende menos do que a inflação.
Para você ter uma ideia, em 2022 a poupança está perdendo da inflação. Em 2021, 2020 e 2019 a poupança perdeu para a inflação. Em 2015 e 2013 a poupança também perdeu para a inflação.
Ou seja, quem investe na caderneta de poupança, em muitos anos esteve perdendo poder de compra.
Mas, então: como se proteger da inflação?
Como Se Proteger Da Inflação?
Segue agora três opções de investimentos utilizados como proteção contra a inflação. Com eles, você pode se proteger e até ganhar dinheiro em períodos de inflação.
Vale dizer: as duas primeiras opções são, ao meu ver, mais seguras. A última opção, que é a mais utilizada pela população, é mais arriscada e merecedora de maior atenção.
Novamente, preciso salientar: isso não é recomendação de investimento. O objetivo aqui é simplesmente educacional.
1° investimento para se proteger da inflação: Investimentos Atrelados À Inflação
Investir em ativos que possuem rentabilidade atrelada a algum indicie de inflação, é uma boa maneira de se proteger.
Felizmente, existem diversas opções de investimentos atrelados ao índice IPCA.
Vale explicar melhor, IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e é o principal termômetro de inflação do Brasil. Em outras palavras, esse índice mede a inflação do país. Quanto mais inflação temos, maior estará o índice.
Segue então alguns exemplos de investimentos atrelados ao índice IPCA:
Tesouro Direto IPCA. A rentabilidade desse investimento, geralmente corresponde a inflação mais um adicional. Por exemplo, se a inflação medida pelo IPCA foi de 5% e você contratou um título que paga 5% + o índice IPCA, você terá um retorno de 10% no dia do resgate do título.
Semelhantemente, também existem os CDBs atrelados ao IPCA, as LCIs e LCAs também atreladas ao IPCA.
Adquirindo esses investimentos, você receberá um retorno especifico (acordado no momento da aquisição do investimento) mais a inflação média pelo IPCA.
2° investimento para se proteger da inflação: Exposição A Moeda Forte
Você já observou que, quando uma crise acontece, quase sempre, o dólar sobe?
Foi assim no início da Pandemia do Coronavírus e na crise de 2015.
Isso não é simplesmente coincidência.
Quando crises acontecem, boa parte dos investidores, procuram ativos em países mais desenvolvidos e seguros. O que faz o dinheiro sair de países emergentes ou em desenvolvimento, como o Brasil. Consequentemente, o real se desvaloriza frente a moedas fortes como o dólar ou euro.
Sendo assim, não é uma má ideia, ter parte de seu patrimônio investido em alguma moeda estrangeira forte.
Ainda bem que, hoje em dia, é fácil investir no exterior.
Dá para investir indiretamente no exterior comprando ETFs no Brasil que replicam o desempenho da bolsa americana. Como por exemplo, o ETF IVVB11.
Também é possível investir em moeda forte de forma indireta comprando BDRs, que são ativos que replicam o desempenho de determinadas ações de bolsas de valores internacionais. Por exemplo você pode comprar BDRs que replicam o desempenho das ações da Apple, Google, Coca Cola e etc
Sim, também é possível investir diretamente no exterior – isso por meio de corretoras que permitem brasileiros investirem no exterior. Devo dizer que essa é uma das formas que eu uso para me proteger da inflação. Deixarei links de algumas dessas corretoras na descrição.
3° investimento para se proteger da inflação: Imóveis Para Aluguel
Lembra que eu disse que essa última opção seria mais arriscada e merecedora de maior atenção. Pois é. Agora vamos entender melhor isso.
De fato, os aluguéis dos imóveis podem nos proteger da inflação, visto que seus contratos podem ser corrigidos anualmente por índices de inflação (como o IPCA e o IGP-M). O que contribui para preservar o poder de compra dos alugueis recebidos, ainda que com certo atraso, pois, os reajustes são anuais e a inflação acontece dia a dia.
Entretanto, em muitos casos, esse ajuste não acontece na prática: muitos proprietários (principalmente os que possuem imóveis residenciais), ao encontrarem bons inquilinos, decidem não reajustarem os valores dos alugueis todos os anos, a fim de manterem os bons inquilinos. Consequentemente, o valor dos aluguéis recebidos acaba perdendo parte do poder de compra.
É por esses motivos que, para me proteger da inflação, eu prefiro investir em aplicações atreladas a índices de inflação e a moeda forte.
Como Se Proteger Da Inflação: resumo
A inflação se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços. Aumento este que corrói o poder de compra da população, visto que nem sempre os salários aumentam na mesma proporção que a inflação.
O Brasil já sofreu com a inflação, tendo até mesmo períodos de hiperinflação.
A inflação pode ser gerada pelo (1) aumento nos custos de produção, por (2) Oferta insuficiente, e por (3) maior emissão de moeda.
Guardar dinheiro e investir na Caderneta de Poupança pode não te proteger contra a inflação.
Investimentos atrelados à inflação podem ser boas opções para se proteger da inflação. Como exemplo de investimentos assim, temos o Tesouro IPCA, CDB, LCI e LCA atrelados ao IPCA
A exposição a moeda forte por meio de ETFs, BDRs e investimentos diretos no exterior também pode te proteger da inflação.
Imóveis para alugueis podem ter certa proteção contra a inflação quando são feitos contratos que reajustam os preços de acordo com o IPCA ou o IGP-M.
Conhecimento é poder, mas, poder em potencial. Ou seja, se o conhecimento for aplicado, será poderoso. Se não, não servirá pra nada. Será tempo perdido.
Então, considere entender fixar esses conceitos sobre inflação e aplicá-los em sua vida.
Agora, se você deseja aumentar sua renda e conquistar a tão sonhada Independência Financeira, acesse o primeiro link na descrição e assista a aula gratuita onde revelo 3 segredos para essas conquistas. É só acessar o primeiro link na descrição.
Eu me chamo Samuel Vinícius e este é o Vamos Prosperar, educação financeira à luz da Bíblia. Se este assunto é do seu interesse considere se inscrever neste canal.
Deixo como sugestão o artigo 7 Hábitos Financeiros Bíblicos onde apresento ensinamentos financeiros bíblicos que certamente mudaram seu patamar financeiro.
Forte abraço, fique na paz do Senhor e até a próxima!
