A fartura do pobre…
O pobre produz muita riqueza. Tal afirmação, à primeira vista, pode parecer equivocada. Mas, aquente aí que logo você entenderá que o que falo é verdade. E não apenas uma verdade que vem da minha boca, mas sim, uma verdade bíblica.
Veja… Muitas pessoas, consideradas pobres, produzem muito lucro. Estas, fazem investimentos com rentabilidades extremamente altas: com retornos de 20.000%, 40.000% e até 80.000% de retorno anual! Isso é surpreendente! Ainda mais considerando que os investidores de maior renome do mundo conseguem um retorno médio máximo próximo aos 30% anual.
Sim, eu sei que você agora pode estar confuso. Mas, veja o que está Provérbios 13:23 e essa confusão começará a diminuir:
A lavoura do pobre produz alimento com fartura, mas por falta de justiça ele o perde.
Provérbios 13:23
Este versículo, atribuído ao rei Salomão, nos apresenta um exemplo agrícola que pode ser aplicado a todas as áreas de atuação e em todas as profissões. Do mesmo modo que a lavoura do pobre antigamente podia produzir muito, o pobre de hoje também pode produzir muito em seu trabalho. Assim como a fartura do pobre no tempo de Salomão era perdida por falta de justiça, hoje, o pobre, mesmo produzindo muito, tende a continuar na pobreza. Dessa forma, o rico fica cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre.
Porém, existe uma luz no fim desse túnel. Existe esperança para o pobre fugir da pobreza. É possível que o pobre usufrua da abundância que produz.
Observação: existe uma versão em vídeo deste conteúdo no Youtube.
A lavoura do pobre produz alimento com fartura (Provérbios 13:23a)
A agricultura foi, é, e provavelmente sempre será uma das principais profissões do mundo. O interessante é que essa antiga profissão revela de forma simples princípios financeiros complexos sobre capital, trabalho e lucro. Este é um dos motivos da Bíblia Sagrada usar tantos exemplos agrícolas para revelar as verdades do Reino.
Falando em específico de Provérbios 13:23, este versículo trata da alta rentabilidade da lavoura do pobre. Aqui temos um ponto importante. Veja, a agricultura possui uma altíssima rentabilidade bruta. Dizem que o retorno médio do trigo pode ser de 200. Ou seja, uma semente de trigo resulta em 200 novas sementes, o que significa o retorno de 20.000%. Já o milho possui um retorno de 800, um grão de milho produz em média 800 novos grãos, o que representa um retorno de 80.000%! E o arroz tem um retorno médio de 2.000, ou seja: de 200.000%!
Mesmo desconsiderando os custos com transporte, impostos e perdas: podemos dizer que tais retorno brutos são extraordinários. Até porque, nem mesmo os melhores investidores do mundo conseguem rentabilidades como estas.
A lavoura do pobre produz alimento com fartura!
Sem contar que, como naquela época a agricultura era a principal fonte de subsistência das pessoas, o sucesso na lavoura poderia significar a diferença entre a sobrevivência e a fome. Assim, era comum que os pobres trabalhassem com mais dedicação em suas terras, pois, eram suas únicas fontes de renda. Dessa maneira, mesmo sem os mesmos recursos dos ricos, muitos deles conseguiam produzir proporcionalmente alimentos em abundância, até mais que alguns ricos.
A lavoura do pobre produz alimento com fartura, mas por falta de justiça ele o perde. (Provérbios 13:23)
Foquemos agora na parte final deste versículo: por falta de justiça ele o perde.
A meu ver, podemos avaliar a falta de justiça referida aqui por duas perspectivas: a falta de justiça dos outros para com o pobre; e a falta de justiça (ou falta de juízo como dizem algumas traduções) do pobre para consigo mesmo.
Vejamos primeiro a falta de justiça dos outros para com o pobre.
A falta de justiça dos outros para com o pobre
Quando esse texto foi escrito, assim como hoje, a falta de justiça era comum. Muitas vezes, aqueles que trabalhavam duro na lavoura acabavam perdendo parte significativa dos resultados por conta de injustiças sociais como: corrupção, desigualdade e abuso de poder.
Sabemos que casos de injustiça social afetam mais profundamente a vida dos trabalhadores mais pobres – tanto do campo, quanto da cidade.
Geralmente, o trabalhador pobre não tem segurança. Ele fica mais vulnerável a criminalidade quando tem que fazer longos deslocamentos para seu trabalho. Torna-se menos protegido quando não consegue fazer seguros. Fica mais propenso a acidentes quando precisa fazer trabalhos mais manuais e perigosos.
Além disso, o trabalhador pobre costuma ter pouca proteção jurídica, pouca estrutura básica de saneamento, transporte e rodovias – e ainda possui um plano de aposentadoria que não garantirá o mínimo para viver com dignidade em sua velhice.
Os altos impostos
São altíssimos os impostos cobrados ao pobre trabalhador. É imposto de renda, imposto sobre o lucro, imposto sobre a compra de equipamentos, sobre herança, imposto sobre produtos importados, e impostos absurdos até mesmo na compra de produtos de subsistência como alimentos básicos.
Aqui, algo me chama atenção. É chocante, e até mesmo revoltante, perceber que o pobre paga proporcionalmente muito mais imposto que o rico. Isso, pois, a tributação no Brasil, além de altíssima, é feita majoritariamente por meio do consumo. Ao invés de tributarmos mais a renda, tributamos mais o consumo. Assim, é imposto no arroz, no feijão, no fogão, no celular, no carro na gasolina e em tudo o que se compra. E quem é que proporcionalmente gasta mais da sua renda comprando coisas? O trabalhador pobre que precisa gastar quase toda sua renda em consumo para sobreviver!
Observe bem o que estou falando. Eu não estou falando que devemos aumentar os impostos dos ricos, que devemos tributar grandes fortunas, nem nada do tipo. Estou falando que proporcionalmente os pobres pagam mais, muito mais, que os ricos, pois, a maior parte de seus salários vão para o consumo, e praticamente todo consumo é tributado.
Isso não parece muito justo. E o pior, essa aparente injustiça pode tirar toda fartura produzida pelo pobre!
Evidentemente, você não pode simplesmente mudar essas injustiças. Não tem como apertar um botão mágico que fará o governo garantir educação, segurança, infraestrutura e ainda cobrar menos impostos. Todavia, se você tomar o bom choque de realidade e se conscientizar das grandes injustiças existentes, você poderá minimizar seus danosos efeitos em sua vida, bem como na de sua família.
Por exemplo: ao saber que boa parte dos impostos são atrelados ao consumo, você pode parar e refletir: será que vale a pena comprar um carro zero que custa 100 mil reais, onde cerca de 40 mil é imposto? Vale a pena comprar esse carro e todo ano ter que pagar 4% de imposto IPVA? Será que compensa pagar todo ano cerca de 7% do valor do veículo em seguro? Percebe que você paga somente em imposto e seguro mais de 10% do valor do carro todos os anos! Considerando o exemplo do carro de 100 mil você pagará mais de 10 mil somente em imposto e seguro! Sem contar o custo com manutenção, combustível, multas desvalorização e etc.
Não, não estou falando que você não deva ter carro ou mesmo que não deva trocar seu carro por um zero. Estou falando que, ao conhecer as injustiças financeiras do mundo atual, você consegue tomar decisões mais cocientes e que minimizarão os efeitos de tais injustiças sobre você.
Mas, até aqui falamos apenas das injustiças cometidas com o pobre. E isso nos coloca numa situação confortável, pois, podemos atribuir a culpa de toda pobreza do mundo (e até mesmo da nossa própria pobreza) na injustiça dos outros para com os pobres. Isso é evasivo e desesperador.
Evasivo, pois retira do pobre toda responsabilidade. E desesperador, pois, se o pobre não tem nenhuma responsabilidade sobre sua condição, ele também não terá nada a fazer para mudar de vida, logo, uma vez pobre estaria eternamente condenado a pobreza. Como sabemos, isso não é verdade, visto que é possível sair da pobreza e existem muitos exemplos bíblicos e atuais de pessoas que saíram da pobreza.
Sendo assim, falarei agora sobre a falta de justiça do pobre para consigo mesmo:
A falta de justiça do pobre para consigo mesmo
O provérbio trata dos trabalhadores pobres que produzem com fartura. Produzem com fartura pois trabalham arduamente, dia após dia, num comércio honesto e lucrativo. Mas, são pobres porque, entre outras coisas, perdem tal fartura em decisões financeiras tolas.
Nessa linha, Provérbios 17:16 questiona: De que serve o dinheiro na mão do tolo, já que ele não quer obter sabedoria?
É… De nada adianta produzir abundantemente e desperdiçar o fruto do seu trabalho pagando elevados juros de inúmeros empréstimos. Não adianta trabalhar arduamente e gastar todo seu salário em vícios como álcool, drogas, sexo, jogos, loterias e em apostas esportivas.
Não resolve trabalhar e depois desperdiçar seu dinheiro em roupas de marca, diversos serviços de streaming, inúmeros pedidos de delivery, restaurantes, e etc.
A lavoura do pobre produz alimento com fartura, mas por falta de justiça (dele para consigo mesmo) ele o perde.
Note que alguns, ao terem uma safra abundante, logo aumentam seus gastos. Já outros, são preguiçosos na colheita e não guardam devidamente os frutos no celeiro. São procrastinadores e desperdiçadores. Ou compram coisas de que não precisam ou acabam com suas finanças com dívidas esmagadoras. Sem contar que, muitos destes, investem em esquemas de pirâmide ou tornam-se fiadores de terceiros e acabam em apuros.
Ouça-me: para sair da pobreza, é preciso adquirir inteligência financeiro. Aprender sobre juros, crédito, inflação, renda passiva e renda ativa. Você precisa ter o mínimo de conhecimento financeiro, pouco valor há em se esforçar para fazer dinheiro e depois não saber como o dinheiro funciona.
Também é importante minimizar o desperdício. É preciso reduzir os gastos com futilidades. É nessa linha que Isaías 55:2a pergunta: Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?
Além disso, é fundamental poupar parte daquilo que se recebe. Ora, gastar todo salário é como comer todas as sementes que colheu. E se você comer toda colheita, não terá o que plantar no futuro!
É importante poupar para que você possa investir, então, aprenda sobre investimentos. Estude sobre tesouro direto, ações, fundos imobiliários e etc
Quase todos desperdiçam parte do que recebem. É muito provável que, se você fizer um orçamento detalhando, e um controle de seus gastos, você encontrar gastos desnecessário que pode eliminar e gastos que pode reduzir sem diminuir a sua qualidade de vida. Após essa análise, provavelmente sobrar algo para você começar a poupar. Mesmo que seja pouco, já é um começo. Já é um passo para não ser injusto consigo mesmo.
A Fartura do Pobre: Conclusão
A sua lavoura pode produzir muito. Sim, você pode ser produtivo, seu negócio, suas habilidades podem ser muito lucrativas. Todavia, se você não se atentar para as injustiças do mundo atual, se não evitar o desperdício, se não for sábio financeiramente, toda sua fartura se perderá.
Caso você queira aprender mais sobre finanças, por meio dos ensinamentos bíblicos, acesse o link na abaixo e descubra como sair das dívidas, aumentar sua renda e conquistar a independência financeira.
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Forte abraço, fique na paz de Cristo e até a próxima!
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Parabéns pelo conteúdo meu irmão.
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Muito obrigado Isaque. Deus te abençoe sempre!
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Parabéns pelo estudo. muito esclarecedor!
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Obrigado Lucas. Deus te abençoe!
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Amo o jeito que escreve. Que Deus continue abençoando sua vida grandemente. Voz de Deus aqui na Terra…😘
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Obrigado pela mensagem Cleisiane. Fico feliz d+ em saber que gosta da forma como escrevo. Deus te abençoe grandemente!