Será que Jesus era minimalista? Existe alguma relação entre minimalismo e cristianismo?
Vamos falar um pouco sobre isso. Mas, saiba que existe uma versão deste artigo em vídeo.
O que é o minimalismo?
Antes de qualquer coisa, primeiro precisamos definir o que é minimalismo. De forma simples, podemos dizer que:
Minimalismo é uma ferramenta para se livrar dos excessos da vida em favor de se concentrar no que é importante.
Em outras palavras, o minimalismo é um estilo de vida que visa simplificar a vida, eliminando excessos e mantendo apenas o que é essencial e importante.
Dando exemplos práticos, minimalistas, (1) no lugar de terem centenas de roupas, tentam possuir somente as roupas que realmente usam. (2) Ao invés de entupirem suas casas com objetos, minimalistas buscam possuir apenas o que é importante e essencial. Dessa forma, vendem, descartam ou doam o que não utilizam e o que não consideram essencialmente importante.
Em resumo, podemos dizer que o minimalismo é um estilo de vida que se contrapõem ao consumismo.
Caso queira entender de forma mais profunda o que é o minimalismo, e qual sua relação com o cristianismo, confira o vídeo MiniMalismo Cristão.
Jesus era minimalista?
Eu realmente acredito que Jesus, em seu período terreno, viveu de forma similar ao que hoje muitos chamam de minimalista, tendo apenas o que era necessário e importante, e se afastando do excesso de coisas.
Acompanhe comigo e entenda o porquê:
A vida simples de Jesus
Jesus viveu de forma simples e encorajou seus discípulos a também viverem assim. Entenda:
Ao longo de seu ministério, Cristo viajou muito espalhando as boas novas, ensinando e curando. Para tal, Ele tinha um estilo de vida modesto: comia e ficava em casa de outras pessoas, não levava muitos pertences e, as vezes, usava coisas emprestadas, como por exemplo: o jumentinho que usou para entrar em Jerusalém (Marcos 11:1-3).
A simplicidade de Cristo foi além dos bens materiais e alcançou o intelecto, tanto que Jesus resumiu as leis e mandamentos em dois mais importantes: amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:37-40).
Como se não bastasse, em Filipenses 2:7 vemos que Ele “se esvaziou, assumindo a forma de servo”. Em sua essência, o minimalismo é esvaziar-se para que possamos nos concentrar no que é mais importante, que é servir a Deus e aos outros.
Jesus, não apenas levou essa vida simples, Ele também encorajou seus discípulos a fazerem o mesmo:
Não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento. Na cidade ou povoado em que entrarem, procurem alguém digno de recebê-los, e fiquem em sua casa até partirem.
Mateus 10:10-11
Ressalva
Que fique claro: não estou dizendo que cristãos devem ser minimalistas e se desfazerem de tudo que têm, viverem como nômades pregando o evangelho pelo mundo sem levarem roupas extras, para assim, serem como Jesus. Não, não e não! A menos que Deus tenha te chamando para isso.
O que estou dizendo, é que a Bíblia mostra que Jesus simplificou sua vida ao máximo para se concentrar no que mais importava, que era cumprir seu propósito nessa terra. E, convenhamos, isso é algo que o minimalismo tem como verdade: simplificar a vida para cumprir seu chamado.
Jesus valorizava o descanso
Jesus teve um ministério ativo e de muito trabalho. Mas, esse muito trabalho não significou uma vida de desequilíbrio. Muito pelo contrário! Afinal, Ele fazia questão de harmonizar trabalho e descanso – da mesma forma como muitos minimalistas buscam fazer hoje.
Vemos um exemplo disso após a primeira multiplicação dos pães e peixes (Marcos 6:30-44). Na ocasião, os discípulos estavam trabalhando intensamente na evangelização e foram chamados por Cristo para descansarem. Veja:
Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”.
Marcos 6:31
Jesus tirava tempo para orar
Hoje, muitos minimalistas falam da importância da meditação em lugares isolados como uma forma de trazer clareza mental e espiritual. Entretanto, poucos notam que Jesus já pregava e praticava isso. Em meio a muito trabalho, Jesus se retirava para orar. Confira:
Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”.
Marcos 6:31
Todavia, as notícias a respeito dele [Jesus] se espalhavam ainda mais, de forma que multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava.
Lucas 5:15-16
Jesus alertou: cuidado com o excesso de coisas
Jesus nos alertou que a ganância e o acúmulo excessivo de bens podem ser obstáculos para a entrada do evangelho em nossos corações.
Na Parábola do Semeador, Ele disse:
O engano das riquezas e os anseios por outras coisas, sufocam a palavra, tornando-a infrutífera.
Marcos 4:19
Na parábola do Rico Insensato (que constrói celeiros maiores para armazenar sua produção e aproveitar sua riqueza descansando, bebendo e se alegrando, sem se preocupar com ninguém), Cristo disse: Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?
O Filho de Deus também revelou que as riquezas podem competir com Ele pelos nossos corações:
Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.
Mateus 6:24
Nessa mesma linha, o Mestre falou que não vale a pena ganhar o mundo inteiro e perder a alma (Marcos 8:36).
Inúmeros são os alertas de Cristo aos perigos do amor às posses materiais. Entretanto, vale dizer: esses alertas não significam que ricos não vão para o céu, que é pecado ser rico, ou que o dinheiro é a raiz de todo mal. O alerta é contra o amor ao dinheiro e às posses materiais. Amor este que faz com que muitos acumulem de forma excessiva posses materiais, enchendo suas vidas de coisas desnecessárias.
Conclusão
Jesus removeu os obstáculos que poderiam atrapalhar seu ministério, assim teve um estilo de vida simples e encorajou seus discípulos a fazerem o mesmo. Fato é que muitos, hoje em dia, denominam essa vida simples como “minimalismo”.
Sim, a vida terrena de Cristo possui muitas características similares ao minimalismo atual:
Jesus não priorizou as coisas, Ele priorizou os relacionamentos: com Deus e com as pessoas (ensinando, curando, servido, expulsando demônios e compartilhando as boas novas do evangelho); O Mestre fez questão de descansar quando necessário (Marcos 6:31-32 e Lucas 8:23); E também de passar tempo a sós com Deus em oração (Lucas 5:15-16, Marcos 1:45, Lucas 6:12-13).
É evidente, que não podemos simplificar o Senhor Jesus em um rótulo. Não podemos simplesmente dizer que Jesus é minimalista e ponto final. Não. Jesus é muito mais que isso!
Mas, muitas das características da vida terrena de Cristo, são sim, características de uma vida minimalista. E, para surpresa de muitos, uma vida minimalista de menos coisas, pode ser mais: mais espiritual, mais livre, mais abençoada, mais leve, mais saudável e mais prospera!
E você? Você acha que Jesus era minimalista? Me diga nos comentários.
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No mais: forte abraço, fique na paz de Cristo e até a próxima.