Quem ama os prazeres empobrecerá; quem ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá (Provérbios 21:17).
Uma maneira de enriquecer é parar de gastar, quero dizer, reduzir os gastos! As pessoas estão viciadas em um estilo de vida extravagante, que as mantém pobres e estressadas. O prazer, o vinho e o azeite dos dias de Salomão são hoje as compras de coisas inúteis, de calçados de marca, roupas, bolsas, eletrônicos, bebidas, restaurantes e etc.
Muitos estão empobrecendo devido aos gastos excessivos. A maioria gasta mais do que precisa. Nossa sociedade anseia por luxo e prazer, o que a leva até a pobreza – tal como acontecia no tempo de Salomão.
As pessoas estão sempre com problemas financeiros, mas nunca reduzem os gastos. Estão convencidas de que precisam e merecem as coisas que compram. Assim, sempre serão pobres.
Alguns até não recebem mal, alguns possuem salários bons, mas, gastam tudo o que recebem, gastam até mesmo mais do que recebem por meio dos parcelamentos, financiamentos e cartão de crédito para manterem prazeres que empobrecem.
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Quem ama os prazeres empobrecerá

Algumas pessoas vivem dentro de suas possibilidades, dentro daquilo que recebem, mas, a maioria não.
Existe um fenômeno analisado por estudiosos da economia que se chama Propensão de consumo. A propensão a consumir é a tendência de uma pessoa ou empresa de gastar dinheiro, em vez de poupar.
O que acontece em nossa sociedade é que o desejo de consumir cresce mais rápido do que a renda das pessoas. Isto é, os gastos aumentam mais do que os salários, logo, as pessoas cobrem a diferença com dívidas de cartão de crédito, parcelamentos e financiamentos.
Alguns nunca quitam o apartamento, pois, quando chegam perto, o trocam por um imóvel maior, precisando ou não. O amor ao prazer e ao luxo destroi a nossa geração, pois ele cria “necessidades” (entre todas as aspas possíveis) que não são adequadas aos salários.
Quem não ama os prazeres, enriquecerá
Alguns indivíduos conseguem viver modestamente, mesmo tendo uma boa situação financeira. Eles não amam prazeres, vinho ou azeite. E vale dizer, isso independe da fé cristã. Existem pessoas que não são cristãs e que vivem de forma modesta.
Luiz Barsi, que foi o maior investidor da bolsa de valores brasileira por anos, era frequentemente visto indo para o trabalho nos metrôs da capital paulista (ostentando o Bilhete Único especial gratuito para idosos).
Warren Buffett, é outro exemplo de vida frugal. Mesmo sendo um dos homens mais ricos do mundo, ele ainda mora na mesma casa que comprou há mais de 40 anos, quando ainda não era bilionário.
Restaurantes caros
Frequentar determinados restaurantes não é um direito. É um privilégio. Um privilégio que pode ser extravagante e luxuoso. A menos que sua renda cubra todas as suas obrigações financeiras, sobrando o bastante para você poupar, investir e contribuir, este pode ser um péssimo hábito.
Esses dias estava conversando com minha irmã e percebemos que nossos pais, raramente nos levavam para comer fora. Concluímos também que nossos avós mais raramente ainda saiam para comer.
Por outro lado, nossa geração deseja comer fora vários dias na semana, ou todos os dias, ou até mesmo várias vezes ao dia. Muitos não cozinham mais e consideram isso um castigo terrível. Tal hábito, além de prejudicar o bolso (isto é, a conta bancária), também prejudica a saúde. Se você faz a sua própria comida, você pode fazê-la da forma mais saudável possível, o que nem sempre acontece quando se come fora constantemente.
Outro fato é que, geralmente, a quantidade de calorias ingeridas nos restaurantes tende a ser bem maior. É comum olharmos nas mesas das praças de alimentação dos shoppings e vermos casais pagando mais de 500 reais para uma refeição de mais de 4 mil calorias.
Reflexão orçamentária: nem tudo é necessário
Há muitas coisas que achamos que precisamos e não precisamos. No mundo de hoje, os prazeres que podemos amar se multiplicaram e foram além de apenas vinho e azeite.
Você (provavelmente) não precisa de um novo celular, iPad ou serviços com contratos mensais caros. Provavelmente, você não precisa de mais um carro na garagem. Às vezes, você não precisa de TV a cabo, de inúmeros serviços de streaming. Você não precisa viver nos shoppings. Talvez, você não precise de tantas viagens assim!
Gastos são como unhas
Gastos são como unhas, sempre crescem, portanto, de tempos em tempos, precisam ser cortados.
A cada dia novos produtos surgem, um novo celular, computador, relógio inteligente e etc. De igual modo, novos serviços sempre estão surgindo. Olhe a quantidade de serviços de streaming que existem hoje! Há poucos anos, eles não existiam! E se não existiam, seu bolso estava salvo deles.
Percebe o que estou falando? Gastos são como unhas, sempre crescem. Você precisa, frequentemente, rever seus gastos e aparar as arestas. Minha recomendação é que você faça isso, pelo menos, uma vez ao ano.
É impressionante o quanto ficamos mais ricos, ou seja, o quanto economizamos, quando revemos nossos gastos. Fazendo isso, você perceberá que sua operadora de telefone aumentou o preço da tarifa e que a concorrente tem um plano mais econômico e melhor.
Revendo seus gastos você poderá observar que você já não usa determinado serviço de streaming há meses e que está pagando por ele sem necessidade.
Reduzir seus gastos é o mesmo que aumentar sua renda. E o melhor é que você pode fazer isso sem perder qualidade de vida. Você pode reduzir gastos que simplesmente você não usa.
Ciclo de pobreza
O pobre que gosta de gastar, sempre será pobre, pois nunca terá economias para aproveitar oportunidades de investimento e negócios.
É somente com dinheiro poupado que alguém pode lucrar com aquelas poucas situações da vida que oferecem lucros incomuns. É por isso que sempre os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres.
A saída da pobreza passa pela temperança, disciplina e domínio próprio. Você cria regras para conter seus gastos, não importa o quanto você “queira” ou pense que “precisa” de algo. Se pararmos para pensar, o que precisamos de fato para viver, não é muito. Consequentemente, tudo aquilo que não é essencial à vida, é (de certa medida) luxo.
Não estou falando que você não possa desfrutar de determinados luxos e prazeres. Não mesmo! Até porque, a bíblia não os condena. Pelo contrário! O livro de Eclesiastes diz que “Quando Deus concede riquezas e bens a alguém, e o capacita a desfrutá-los, a aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus” (Eclesiastes 5:19).
O que não podemos é sermos dominados pelo amor aos prazeres, pois tal amor é altamente empobrecedor! Ele empobrece o seu bolso e a sua alma.
Quem ama os prazeres deste mundo, se torna espiritualmente pobre, pois não se pode amar ao dinheiro e a Jesus ao mesmo tempo. Deus requer sua total devoção a Ele ( Mt 6:24 ; Tg 4:4 ).
É tempo de rever as coisas
É tempo de rever as coisas. Tempo de mudar. De traçar uma nova rota financeira. Você pode enriquecer e prosperar. Mas, para tal, é importante, às vezes fundamental, que você não ame os prazeres. Por mais contraintuitivo que isso parece, não amar os prazeres, poderá te dar muitos prazeres.
Quanto menos dependente de prazeres, mais você poderá desfrutar dos prazeres.
Se você não passar os carros na frente dos bois, se você não gastar demais hoje, você poderá poupar mais, investir melhor e contribuir com a expansão do reino. Dessa forma, você enriquecerá, tanto espiritualmente, quanto materialmente. Estando rico, você poderá desfrutar mais dos prazeres, tanto materiais como espirituais, sem comprometer sua renda.
Deixo como sugestão de artigo: “LONGO PRAZO”. Nele mostro o que a Bíblia Ensina Sobre Longo Prazo, Colheita e Semeadura.
Forte abraço, fique na paz de Cristo e até a próxima!