5 Bases Do Empreendedorismo Cristão (segundo o Apóstolo Paulo)

Se você é cristão e empreendedor: certamente, você tem muito a aprender com a vida do, também empreendedor, Apóstolo Paulo. Então, continue lendo e conheça as 5 Bases Do Empreendedorismo Cristão, Segundo Paulo.

Observação: caso prefira, fique sabendo que existe uma versão em vídeo deste artigo.

Quem foi o Apóstolo Paulo?

São Paulo certamente é uma das pessoas de maior impacto na história da humanidade. Antes, perseguidor de cristãos; depois, o cristão perseguido que viajou todo império romano pregando e implantando igrejas. A ele é tradicionalmente atribuída a autoria de 13 dos 27 livros do Novo Testamento, mais do que qualquer outro escritor bíblico.

Apesar do grande chamado espiritual, Saulo (como também era conhecido) não desistiu do empreendedorismo ao servir Jesus. Pelo contrário! Seu negócio de fabricação de tendas se tornou parte importante de sua jornada de fé. Se tornado, inclusive, um modelo de empreendedorismo cristão, conforme podemos ver o próprio apóstolo afirmando:

Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês, não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.

2 Tessalonicenses 3:7-9

Em tal declaração, Paulo estava deixando um exemplo de empreendedorismo a ser seguido. É por isso que, ao meu ver, todo empreendedor cristão deve conhecer as bases do empreendedorismo cristão reveladas na vida de Paulo. E é exatamente isso que veremos a partir de agora.

1° base do empreendedorismo cristão, segundo Paulo: O empreendedor deve gerar valor para as pessoas

Além de suprir suas próprias necessidades, Paulo usou seu empreendimento de fabricação de tendas para: contribuir com necessitados, ajudar seus clientes com seus serviços e fornecer sustento aos membros de sua equipe. Confira o que ele escreveu:

Não cobicei a prata nem o ouro nem as roupas de ninguém.
Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros.
Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ “.

Atos 20:33-35

Note o bem que você (como empreendedor) pode gerar ao mundo.

Sendo empreendedor, você pode impactar positivamente o mundo com sua generosidade!

Muitos são os exemplos de empreendedores que doaram grandes quantias à instituições de caridade. Por exemplo, Bill Gates e Warren Buffett doaram US$ 57 bilhões e US$ 49 bilhões, respectivamente, segundo a Revista Forbes.

Mas, não se assuste com tais valores! Não é preciso ser bilionário para ser solidário. Eu e você, dentro de nossas realidades, também podemos usar parte do lucro de nossos negócios em projetos sociais e doações.

Empreendendo, você pode ajudar as pessoas com os produtos e serviços ofertados por seus negócios.

Aproveitando o exemplo do Bill Gates, reflita comigo. Se você usa o sistema operacional Windows, ou se usa o Word, Excel ou Skype: o tio Bill está te ajudando! Ele está facilitando sua vida por meio dos produtos e serviços ofertados pela Microsoft. Você é ajudado e, em contrapartida, a Microsoft prospera.

Aqui está uma chave de prosperidade nos negócios: busque sempre ajudar as pessoas. Se você deseja sucesso, grave isso: busque sempre ajudar as pessoas. Quanto mais você e sua empresa ajudar as pessoas, mais prospero você será.

Além disso, vale dizer:

Sendo um empreendedor, você pode gerar renda e sustento para diversas famílias.

De forma direta, às famílias de seus funcionários; ou de forma indireta, às famílias de seus fornecedores e até mesmo clientes.

Em outras palavras: os lucros de seus negócios provenientes da ajuda que sua empresa presta as pessoas, e a sua caridade podem gerar um enorme impacto positivo no mundo. Esta é uma das bases do empreendedorismo cristão: gerar valor para as pessoas.

2° base do empreendedorismo cristão, segundo Paulo: O empreendedor deve compreender as pessoas

Para ajudar pessoas é necessário compreendê-las. Só podemos ajudar alguém nos colocando no lugar desse alguém. Continue comigo e você entenderá onde quero chegar.

Paulo foi chamado para evangelizar os gentios, ou seja, para pregar aqueles que não eram judeus. Note que a pregação para o gentio deveria ter um molde diferente da pregação para o judeu. Povos diferentes, precisam de métodos diferentes. Logo, Paulo precisava compreender os gentios: entender como eles pensavam, no que acreditavam e o que tinham como valores.

O povo judeu estava familiarizado com a lei do Antigo Testamento, que dizia que os sacerdotes tinham o direito de se sustentarem com ofertas, dízimos e doações feitas. Entretanto, os gentios não estavam tão familiarizados com isso.

Paulo escolheu continuar sendo empreendedor

E é neste ponto que irei expor uma opinião pessoal: acredito que o entendimento dessa diferença de pensamentos foi um dos fatores decisivos para Paulo ter escolhido se sustentar pelo próprio trabalho empreendedor, em boa parte do tempo.

Mesmo estando no direito de ter seu sustento integralmente provido por ofertas e dízimos, como era costume entre os judeus, Paulo escolheu empreender em seus próprios negócios à medida que compartilhava as boas novas do evangelho – o que certamente transmitia mais credibilidade aos gentios, que provavelmente pensavam: este aí, não está pregando por que precisa do nosso dinheiro.

Nesse sentido, o apóstolo escreveu:

Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo. Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas.

1 Coríntios 9:18-19

Sendo direto, seu trabalho, seus negócios e suas atividades empreendedoras devem considerar as pessoas: seus hábitos, gostos, costumes e crenças. Para fazer negócio com os gentios e para ganha-los para Cristo, Paulo teve que compreendê-los.

Ouso pensar que, a boa compreensão de Paulo dos gentios (público alvo de seu ministério e empreendimento), contribuiu significativamente para seu sucesso: ministerial e empresarial.

E você? Conhece seu público-alvo? Sabe quem é a persona ideal de seu negócio? Conhece a cultura daqueles que trabalham com você?

Tal conhecimento, é uma das bases do empreendedorismo cristão, e te ajudará nos negócios e em sua jornada de fé.

3° base do empreendedorismo cristão, segundo Paulo: O empreendedor deve desenvolver sua disciplina

Alguns moradores da cidade Tessalônica eram, como posso dizer: ociosos, desocupados. Isto é, muitos simplesmente não trabalhavam.

Mas, não os julgue. Não os chame de preguiçosos ou vagabundos. Pelo contrário! Tente se colocar no lugar deles. Imagine você vivendo naquele tempo. Você teria visto, ou conhecido pessoas que viram, Jesus operar milagres, morrer, ressuscitar e, antes de subir aos céus, falar: Vou preparar lugar para vocês. E, quando eu for e preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver (João 14:2b,3).

Percebe? Muitos tessalonicenses acreditaram que a segunda vida de Cristo seria em poucos dias. Eles pensavam: Ora, se Ele foi preparar lugar, não deve demorar. Então, pra quê trabalhar se Jesus logo voltará. Não tem porque trabalhar se Jesus vai nos buscar no próximo mês. Ele breve voltará, não precisamos nos preocupar com coisas ‘mundanas’ e ‘temporárias’ como trabalho e dinheiro.

É até engraçado, mas, alguns cristãos hoje em dia pensam de forma semelhante.

Em resposta a tal ideia, Paulo foi categórico: se alguém não quer trabalhar, também não coma (2 Tessalonicenses 3:10).

O apóstolo recomendou: vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês, não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês (2 Tessalonicenses 3:7-9).

Como empreendedor, você deve ser um exemplo de disciplina aos que te cercam. Então, busque desenvolver sua disciplina, pois, “A disciplina é a mãe do êxito” (Ésquilo).

4° base do empreendedorismo cristão, segundo Paulo: O empreendedor deve construir relacionamentos estratégicos

Em uma de suas viagens missionárias, Paulo conheceu o casal Áquila e Priscila na cidade de Corinto. Veja o registro bíblico:

[…] uma vez que tinham a mesma profissão, ficou morando e trabalhando com eles, pois eram fabricantes de tendas.

Atos 18:3

Atente-se para isso. Por empreenderem em negócios do mesmo ramo, Paulo estreitou seu relacionamento com Áquila e Priscila. E este casal foi de grande importância para a igreja primitiva. Acompanhe comigo e confira o motivo dessa grande importância:

  • Priscila e Áquila arriscaram suas vidas em favor de Paulo, como diz Romanos 16:4;
  • Eles acompanharam o apóstolo em sua viagem a Éfeso;
  • Morando em Éfeso, o casal hospedou Apolo, que tinha grande conhecimento nas Escrituras, mas ainda não conhecia Jesus, que lhe foi apresentado por Priscila e Áquila (Atos 18:24-26). Ou seja, eles contribuíam para que a mensagem de Cristo fosse divulgada;
  • Além disso, os cristãos primitivos de Éfeso se reuniam na casa de Priscila e Áquila. Inclusive, foi nesse tempo que Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios (1 Coríntios 16:19).

Note que aqui estamos diante de algo surpreendente: uma amizade construída (ou fortalecida) num ambiente profissional que gerou grandes frutos espirituais.

Então, não se esqueça: como cristão e empreendedor, preze por construir relacionamentos estratégicos em seu ambiente profissional. Tais relacionamentos poderão render excelentes frutos, espirituais e materiais.

5° base do empreendedorismo cristão, segundo Paulo: O empreendedor deve ser flexível

Não sei você, mas quando analisei o trabalho de Paulo, o que mais me chamou atenção foi a grande flexibilidade de seu negócio de fabricação de tendas.

Veja, os registros bíblicos sugerem que Paulo e Barnabé trabalharam durante a primeira viagem missionária pela Ilha de Chipre e parte da região da Galácia (1 Coríntios 9:6). Em sua segunda viagem, Paulo também trabalhou em Filipos (2 Coríntios 11:12). Também notamos o apóstolo trabalhando na cidade de Tessalônica. De igual modo, em Corinto trabalhou em parceria com Priscila e Áquila.

Ou seja, Paulo conseguia trabalhar em diversos lugares e com diversas pessoas.

Agora, me diga: você teria toda essa flexibilidade geográfica e de tempo? Você conseguiria viajar por tantos lugares e ainda manter o lucro de seus negócios?

Bem, não me entenda errado. É evidente que determinados negócios são mais rígidos que outros, mas, o que quero dizer é que vale a pena buscar ter o mínimo de flexibilidade.

Infelizmente, muitos empreendedores são escravos de seus negócios. Não conseguem dedicar na obra de Deus, viajar e nem mesmo passar tempo de qualidade com seus familiares. Por isso, é preciso ter em mente a importância da flexibilidade. Ela é libertadora!

Aqui, faz sentido contar algo pessoal. Fiz o plano de viver uma temporada nômade. Estarei viajando e, ao mesmo tempo, trabalhando na divulgação dos princípios financeiros bíblicos. Comecei minha viagem por João Pessoa, e pretendo passar por outras cidades do nordeste, Colômbia, e outros países.

Obviamente, isso só será possível graças a Deus e a flexibilidade do meu empreendimento – que me permite trabalhar nos horários que prefiro e de qualquer lugar que tenha internet.

Percebe o poder que há na flexibilidade? Então, busque ter, ao menos, um pouco de flexibilidade em seu trabalho.

As 5 Bases Do Empreendedorismo Cristão

Empreendedorismo Cristão (segundo o Apóstolo Paulo)
Empreendedorismo Cristão segundo o Apóstolo Paulo

Segue as 5 bases do empreendedorismo cristão:

  1. Gerar valor para as pessoas
  2. Compreender as pessoas
  3. Desenvolver disciplina
  4. Construir relacionamentos estratégicos
  5. Desenvolver flexibilidade

Isso fez sentido pra você? Então me diga nos comentários.

E se você deseja aumentar sua renda e conquistar a Independência Financeira, acesse o link na abaixo e assista a aula especial onde revelo 3 chaves para tais conquistas:

Assista Aqui A Aula 3 Segredos Para A Independência Financeira.

Forte abraço, fique na paz de Cristo e até a próxima!

4 Comentários

  1. Peterson de Paula Lopes

    Bom dia, meu campo de visão em relação aos negócios são muito limitados. Porém depois de ler essa matéria fiquei muito interessado em aprender mais sobre essa liberdade geografica dos negócios e ter tempo para adorar e levar isso para outros. Aínda não sou empreendedor na verdade não achei nada que pudesse dar sentido a minha vida como empreendedor e que pudesse alcançar outros, esse desejo queima no meu coração porém por mais inteligente que eu seja não consigo enxergar algo que possa fazer com que eu inicie. Perdi todos meus recursos em jogo de azar e depois de uma experiência horrível com meu dinheiro e meu casamento quase ser destruído Deus fez uma restauração e a 5 meses me batizei, mas as incertezas e a falta de produtividade não me ajudam a sair de ficar inerte. Bom quero aprender mais e achar um modelo de negócio para que eu e minha família possamos ter essa liberdade e trabalhar para Deus com qualidade e levar com excelência para as pessoas. Enfim, queria agradecer sua dedicação em postar esse conteúdo para as pessoas fiquei muito feliz em ler cada palavra por de verdade parece algo para alcançar vidas com um propósito direcionado a Deus. Deus abençoe essa jornada que você se propôs em fazer e viajar levando isso para mais pessoas, Deus abençoe!

    Responder
    1. Samuel Vinicius

      Olá Peterson.

      Obrigado pela mensagem e pela confiança em compartilhar um pouco da sua história.

      Acredito que empreender é um excelente caminho para prosperar e conseguir liberdade financeira. Por exemplo, durante este ano estou viajando enquanto trabalho, isso só está sendo possível por causa dos meus empreendimentos aqui no Vamos Prosperar e em outros projetos.

      Mas, devo dizer: empreender não é o único caminho. Veja o que diz Provérbios 22:29:

      Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura.

      Então, é importante: (1) ser bom no que se faz; (2) fazer algo que dê retorno – afinal, nem toda profissão é rentável.

      Resumindo, você pode ter uma boa condição financeira sendo empreendedor, como também, sendo um profissional, desde que faça bem algo que dê retorno.

      Responder
  2. Ana Karla

    Que conteúdo maravilhoso e de valor!

    Falo de João Pessoa-PB. Inclusive, o que achou de nossa cidade, Samuel?

    Eu acredito que nada é por acaso.

    Estou no início da jornada empreendedora. E como sou cristã, me veio a curiosidade de procurar sobre este tema na Bíblia e me deparei com o seu conteúdo. E lendo-o, encontrei um subtema que quero trabalhar nos meus conteúdos: liberdade geográfica, de horário e financeira, entre outros que passei a conhecer.

    Obrigada e sucesso!

    Responder
    1. Samuel Vinicius

      Fiquei um mês em João Pessoa, amei a cidade!!! Gostei muito das pessoas, da orla, restaurantes e dos arredores: Cabedelo, lajedo do Pai Mateus, Praia de Coqueirinho…

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *