Qual é a Melhor Forma De Comprar Um Imóvel: Financiamento, Consórcio, À Vista ou Alugando?

Se você deseja comprar uma casa ou apartamento, você está no lugar certo! Pois neste artigo vou comparar as melhores opções financeiras para que você adquirira sua casa própria pagando menos possível. Afinal, aqui você vai saber qual é a melhor opção para comprar seu imóvel:

• Financiamento
• Consórcio
• À vista (poupando com aluguel)
• À vista (poupando sem aluguel)

Para ser o mais didático possível, fiz a simulação de compra de um imóvel no valor de 200 mil reais. Assim você saberá qual opção é a melhor financeiramente. Mas fique tranquilo, serei extremamente objetivo. Não vou ficar falando um monte de termos técnicos que somente economistas entendem. Nessa comparação irei colocar no papel o quanto você pagaria ao escolher cada opção de compra.

Então, vem comigo e conheça a melhor forma de comprar um imóvel! Mas antes, saiba que você também pode ver a versão em vídeo deste artigo:

1. Comprar com Financiamento (pelo Sistema Financeiro da Habitação – SFH)

Pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) só é possível financiar 80% do valor do imóvel. Assim é preciso dar uma entrada equivalente a 20% do imóvel (40 mil reais) e financiar o restante (160 mil). Fiz uma simulação na Caixa Econômica para o prazo de 30 anos dentro destes parâmetros. Veja o resultado:

Com o financiamento precisaríamos de 30 anos para quitar o imóvel. Somando a entrada e as parcelas, pagaríamos um total de R$ 338.285,51 num imóvel que custa R$ 200.000,00. Valor que seria pago em parcelas decrescentes: a primeira seria de R$ 1.146,61 e a última de R$ 472,84.

2. Comprar com Consórcio

Para que possamos comparar em “pé de igualdade” com o financiamento, vamos supor que temos 40 mil poupadas e faremos um consórcio de uma carta de 160 mil reais, pois é assim que faríamos no financiamento: daríamos uma entrada de 40 mil e financiaríamos 160 mil.

Para apresentar os números para você, fiz a simulação de consórcio na Caixa Seguradora e o resultado está a seguir:

No consórcio precisaríamos de 16 anos para quitarmos o imóvel, ao invés dos 30 anos do financiamento. Mas, ao contrário do financiamento, não teríamos o imóvel de imediato, só o teríamos quando fossemos contemplados ou quando o consórcio fosse integralmente pago.

Observação: não é preciso dar entrada em consórcio. Simulei como um aporte inicial de 40 mil apenas para termos uma comparação com  o financiamento mais adequada.

3. Comprar à vista (poupando com aluguel)

Essa opção para adquirir um imóvel não é nada intuitiva. Por isto, peço que preste muita atenção.

Aqui, ao invés de comprar um imóvel por meio de um financiamento, você vai alugar um imóvel e investir a diferença do valor entre o aluguel e a parcela do financiamento. Veja como seria:

• No lugar de uma entrada de 40 mil, você iria investir esse valor (em Tesouro Direto, CDB, Fundos de Investimentos, Ações…);
• No lugar das parcelas de R$ 1.146,61 do financiamento, você iria alugar um imóvel por R$ 800,00 (por exemplo) e investir o que sobrar, que no caso seria de R$ 346,61.

Em resumo essa estratégia consiste em pagar um valor menor no aluguel e poupar e investir a diferença para comprar o imóvel à vista no futuro.

Talvez você esteja pensando que essa é uma péssima ideia, pois como dizem: “dinheiro de aluguel nunca volta”. Mas, antes de tirar conclusões precipitadas, veja só o resultado da simulação que fiz:

Percebe como essa é uma ótima opção do ponto de vista financeiro? Alugando e investindo a diferença você teria condição de quitar seu imóvel em apenas 12 anos, não em 30 anos como seria no caso do financiamento.

Vale dizer que nessa simulação eu considerei um retorno modesto nos seus investimentos de 0,7% ao mês. Ou seja, você pode reduzir ainda mais o tempo para adquirir seu imóvel melhorando a rentabilidade dos seus investimentos; ou alugando um imóvel mais em conta e assim investindo mais mensalmente.

Também é preciso falar que, para seguir essa estratégia, é necessário corrigir (pelo menos uma vez por ano) os aportes mensais de acordo com a inflação. Se a inflação no último ano foi de 5%, você deve atualizar o valor do seu aporte mensal em 5%. Isso é necessário para que você não perca poder de comprar. Afinal, 200 mil reais daqui a 12 anos valerá menos do que hoje.

Observação: note que nessa simulação o total investido foi de aproximadamente 90 mil reais (somando o valor da entrada e parcelas ) . Mas ao final de 12 anos, o total obtido foi de mais de 200 mil reais. Como isso é possível? Pelo poder dos juros compostos! Caso queira saber mais, assista ao vídeo O Poder Dos Juros Compostos.

4. Comprar à vista (sem aluguel)

Essa é uma ótima opção para quem mora com seus pais, mora de favor, ou (por qualquer outro motivo) não tem custos com habitação e deseja comprar seu imóvel.

Essa estratégia consiste em usar integralmente o valor da entrada e das parcelas de um financiamento para investir com o objetivo de comprar o imóvel à vista no futuro.

Se você escolher essa opção: no lugar de dar uma entrada de 40 mil, você iria investir essa quantia no Tesouro Direto, Fundos de Investimentos, LCIs, LCAs ou Ações, por exemplo. E no lugar de pagar parcelas de R$ 1.146,61, você também investiria esse valor mensalmente nos mesmos produtos financeiros. O resultado você vê abaixo:

Poupando sem pagar aluguel você precisaria de apenas 7 anos para quitar integralmente seu imóvel! Você pagaria seu imóvel 23 anos antes do que no financiamento!!!

Ranking das melhores formas de comprar imóvel

Do ponto de vista exclusivamente financeiro, o ranking das melhores formas de comprar imóvel é o seguinte:

• 1˚ Comprar à vista (poupando sem aluguel)
• 2˚ Comprar à vista (poupando com aluguel)
• 3˚ Comprar com consórcio
• 4˚ Comprar com Financiamento (SFH)

Mas… para evitarmos conclusões equivocadas, peço novamente sua total atenção.

Como disse, essa comparação foi feita levando em consideração apenas questões financeiras. Mas convenhamos: a compra de um imóvel envolve diversas questões além das financeiras.

Também vale dizer que mesmo o financiamento sendo a última opção do nosso ranking, não significa que ele seja uma estratégia ruim. Como disse: a compra de um imóvel envolve fatores que vão além do fator financeiro. Então:

Qual é a melhor forma para você?

Por mais que eu tenha feito esse ranking, não posso dizer qual é a melhor estratégia para você. Pois, além dos fatores financeiros, existem diversos outros fatores que viabilizam (ou inviabilizam) uma estratégia.

Por exemplo:

Se você está prestes a se casar e precisa urgentemente de uma moradia, talvez as estratégias “Comprar à vista (poupando sem aluguel)” e “Comprar com consórcio” não sejam viáveis.

Se você ainda não tem o hábito de poupar, ou se não sabe investir em Tesouro Direto, LCIs, Fundos de investimentos ou ações, a estratégia “Comprar à vista (poupando com aluguel)” provavelmente não será a melhor opção.

Se você sente que consegue pagar suas contas em dia, mas não consegue poupar, talvez comprar com financiamento seja uma opção mais viável.

Em fim… A melhor opção para você só pode ser definida por você mesmo! Logo o objetivo deste artigo é te ajudar a fazer uma escolha consciente.

Se ficou alguma dúvida, ou se você tem alguma crítica ou sugestão: deixe seu comentário logo abaixo. Terei prazer em respondê-lo!

No mais: forte abraço e fique na paz do Senhor!